Pesquisa indica que o princípio da doença pode estar associado ao intestino e só depois chega ao cérebro
Apesar de o mal de Parkinson afetar o sistema neurológico, pesquisadores descobriram que a doença pode ter origem não no cérebro, mas sim na barriga da pessoa.
Cientistas do centro médico Johns Hopkins, nos Estados Unidos, realizaram um novo estudo que revelou que quanto mais alta a concentração de uma proteína chamada alfa-sinucleína no intestino, maior o indício de progressão do Parkinson no paciente.
Relação do Parkinson com o intestino
Os responsáveis pelo achado revisaram análises feitas em 2003 por um médico alemão, fizeram novos testes e chegaram à conclusão que a proteína alfa-sinucleína pode se mover do trato gastrointestinal para o cérebro.
No transporte da proteína pelo organismo, ela pode se aglutinar no cérebro e, assim, danificar as células nervosas responsáveis pelos movimentos e pela fala em poucas semanas.
As dificuldades de coordenação motora para se movimentar e falar são as características principais da doença de Parkinson. Atualmente, a patologia atinge cerca de 200 mil brasileiros e 1% de toda a população mundial, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Possível cura para Parkinson?
Os novos testes foram realizados somente em ratos de laboratório. Em um primeiro momento, a alfa-sinucleína foi injetada no intestino dos animais saudáveis. Após um mês, observou-se que a proteína estava presente no cérebro e, em três meses, estava distribuída por todo o encéfalo.
Os camundongos apresentaram queda de dopamina (neurotransmissor conhecido por proporcionar a sensação de prazer e possibilitar movimentos) e problemas relacionados a habilidades motoras, memória, comportamento e ansiedade.
Portanto, os pesquisadores acreditam que, ao identificar e interromper a passagem da proteína antes que ela chegue ao cérebro, é possível prevenir ou até mesmo regredir a evolução do Parkinson.
Sintomas do Parkinson
A doença de Parkinson pode afetar um ou ambos os lados do corpo, com grau de perdas das funções variável e progressivo. Os sintomas iniciais da enfermidade são:
Rigidez muscular
Tremores
Lentidão dos movimentos
Posteriormente, o paciente passa a apresentar:
Passos curtos
Redução do balançar natural dos braços ao andar
Já entre os sinais de um Parkinson mais avançado estão:
Dificuldade de engolir
Dificuldade em realizar movimentos antes habituais, como se levantar ou caminhar
Tendência a babar
Ausência de expressão de emoções na face
Diminuição e até mesmo desaparecimento de movimentos automáticos (como piscar)
Dificuldade em ler e escrever
Exaustão
Voz para dentro e mais baixa
Confusão
Perda de olfato
Perda de memória
Alucinação
Fonte: minhavida
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