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Foto do escritorFarmácia Cedroni

Falta de ar (dispneia): o que pode ser, tipos e o que fazer


A falta de ar pode ser sinal de alerta para inúmeras doenças, incluindo condições respiratórias e cardíacas


O que é dispneia


A dispneia é o termo técnico utilizado para descrever a falta de ar e outros tipos de incômodos respiratórios, como a sensação de sufocamento ou aumento da frequência respiratória. Ela pode estar associada ou ser sintoma de outros problemas de saúde, principalmente condições cardíacas e pulmonares.


Falta de ar: o que pode ser?


A dispneia pode ocorrer devido a uma série de fatores. De acordo com a médica intensivista e pneumologista Alice Gallo de Moraes, é necessário que haja um contexto clínico para que seja feito o diagnóstico preciso. Porém, algumas das possíveis causas da dispneia são:


"Para a avaliação do sistema respiratório, usualmente são solicitados exames de função pulmonar (espirometria), exames de imagem e outros. Se a suspeita for sobre o coração, por exemplo, podem ser solicitados exames como ecocardiograma e teste ergométrico. Em alguns casos, a análise de variáveis sanguíneas também pode ser necessária", explica o médico pneumologista Vitor Codeço.


Sintomas


A falta de ar é um sintoma por si só, mas ela também pode estar acompanhada de outros sinais, como:


  • Pressão no peito

  • Tosse

  • Náuseas

  • Palpitações cardíacas

  • Confusão mental


Falta de ar à noite


De acordo com o pneumologista Vitor Codeço, a dispneia durante a noite pode estar associada a quadros de apneia do sono, que ocorre quando há roncos e pausas respiratórias observados por outra pessoa. Asma ou rinite alérgica também podem causar a dispneia noturna.


Se o problema ocorre sempre ao deitar, pode estar relacionado também a problemas cardiológicos. Em todos os casos, uma avaliação clínica detalhada é imprescindível para respostas e tratamentos adequados, já que outros motivos podem levar a tais sintomas.


Falta de ar com tosse e engasgo


Se a falta de ar vier acompanhada de sintomas como tosse e o engasgo, o médico Vitor Codeço explica que ela pode estar relacionada a problemas nas vias respiratórias, como:


  • Trato superior: problemas envolvendo nariz, boca, faringe e laringe

  • Trato inferior: problemas envolvendo traqueia, brônquios e pulmões


"Da mesma maneira, também pode estar envolvido o trato digestivo, já que o refluxo gastro-esofágico pode resultar em tais sintomas, e até mesmo problemas neurológicos que resultem em alterações musculares que dificultam a deglutição", conta o pneumologista.


Falta de ar na gravidez


A pneumologista Alice Gallo de Moraes explica que a falta de ar durante a gravidez é um sintoma muito comum, ocorrendo devido às mudanças que acontecem no corpo da mulher.


As causas, neste contexto, variam conforme o período da gestação:

  • Primeiro trimestre: a falta de ar é mais relacionada a fatores hormonais que levam o organismo da mulher a produzir mais glóbulos vermelhos para ajudar com a oxigenação do feto

  • Segundo trimestre: a falta de ar está mais associada ao aumento do volume de líquido do corpo em geral e a necessidade do coração de aumentar o débito cardíaco

  • Terceiro trimestre: a falta de ar está associada ao fator mecânico do feto estar ocupando a cavidade abdominal e não permitir o relaxamento completo do músculo do diafragma



Falta de ar e coronavírus


O novo coronavírus (SARS-CoV-2) é responsável por causar uma infecção respiratória no corpo humano, tendo entre os seus principais sintomas a falta de ar. A dificuldade em respirar pode se manifestar em conjunto com outras condições, como febre e tosse.


Para identificar se a falta de ar é consequência da COVID-19, é preciso checar quais outros sintomas acompanham o quadro. Antes de procurar um hospital, porém, é imprescindível o uso precoce de máscaras, para que a transmissão para outras pessoas seja evitado.


Nos casos mais graves da doença, o uso de oxigênio e respiradores é uma das alternativas utilizadas pelos médicos para tratar a dificuldade de respirar. Já os quadros leves devem ser controlados preferencialmente em casa com repouso, medicamentos que aliviem os outros sintomas e isolamento.


Falta de ar e ansiedade


De acordo com Vitor Codeço, não existem exames específicos que possam identificar a ansiedade como causadora da falta de ar - listada como um sintoma frequente das crises.


Logo, ao suspeitar de uma causa psíquica, o diagnóstico é normalmente feito por exclusão.

"Ou seja, a investigação propedêutica não mostrará alterações significativas que justifiquem o quadro. Por fim, o que determinará a investigação será o quadro do paciente", explica o médico.


A pneumologista Alice Moraes acrescenta que, se o paciente já possui um diagnóstico de transtorno de ansiedade, práticas como respirações profundas e sair de situações ansiogênicas são as melhores soluções para aliviar o desconforto.


Falta de ar: o que fazer?


Os especialistas indicam que, ao apresentar falta de ar, é necessário que se procure auxílio médico para identificar a causa do sintoma. Por possuir um leque amplo de possibilidades, um diagnóstico preciso é necessário para que seja iniciado um tratamento específico para o que está causando a dispneia no paciente.


Fonte: minha vida

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