No Dia Nacional do Doador de Sangue, Ministério da Saúde explica por que é tão importante tornar essa atitude um hábito frequente
Cada bolsa de sangue doada salva até quatro vidas no país, segundo estatísticas do Ministério da Saúde. No Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado nesta segunda-feira (25 de novembro), a rede pública de saúde reforça a importância de você fazer parte dessa turma, que, hoje, é composta por 3,3 milhões de pessoas. Isso significa que 16 a cada 1 mil brasileiros doam sangue regularmente.
“A situação de doação de sangue no Brasil está atualmente em conformidade com o que a OMS [Organização Mundial da Saúde] preconiza para a segurança, que é entre 1% e 3% da população. Nós temos 1,6% de brasileiros doando em serviços de coleta que fornecem para o Sistema Único de Saúde”, afirma Rodolfo Duarte Firmino, coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde.
Apesar de estar dentro do padrão, o Ministério da Saúde trabalha para ampliar o número de doadores, especialmente o daqueles que cedem seu sangue com frequência. Dados divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que:
43% das doações em 2017 foram feitas pela primeira vez42% foram de repetição15% esporádicas
“São os doadores regulares que mantêm abastecidos os bancos de sangue ao longo do ano”, diz Firmino. “Não há nenhum substituto farmacêutico para o sangue. Então, que as pessoas retornem regularmente”, acrescenta.
No Distrito Federal, mais de 2,2% da população é doadora, percentual superior à média nacional. Principal referência na coleta de sangue na região, a Fundação Hemocentro de Brasília vem conseguindo manter os estoques estáveis. Mas, segundo a diretora-presidente do órgão, Bárbara Simões, o trabalho de conscientização deve ser permanente.
“A gente precisa ficar lembrando o doador para retornar. É importante, porque o sangue tem uma validade. Os concentrados de hemácias duram de de 35 a 42 dias, as plaquetas, de três a cinco dias, enquanto o plasma pode durar mais de um ano congelado. Nesse sentido, sempre precisamos repor estoques de plaquetas e hemácias”, explica.
Vidas salvas com a doação de sangue
Até setembro de 2019, 2,4 milhões de bolsas de sangue foram coletadas no Brasil. Essa quantidade poderia beneficiar quase 10 milhões de pessoas. O número de bolsas de sangue coletadas no mesmo período de 2018 foi igual: 2,4 milhões.
Em relação às regiões do país, o Sudeste foi o que realizou maior número de coletas de janeiro a setembro de 2019, com 1 milhão de bolsas de sangue. Ele foi seguido por Nordeste (603 mil), Sul (435 mil), Centro-Oeste (211 mil) e Norte (178 mil).
Doador regular desde 2012, o economista Zilber Sepúlveda, de 29 anos, vai ao Hemocentro de Brasília pelo menos três vezes ao ano. Para ele, sua qualidade de vida melhorou após incorporar essa rotina. “Antes eu não malhava, não comia direito. Indiretamente, por doar sangue, você se preocupa. Até porque é um pouco chato você chegar lá e descobrir, por exemplo, que sua doação anterior não pôde ser aproveitada por algum motivo”, conta.
O procedimento para doação é simples. O sujeito passa inicialmente por uma identificação pessoal, seguida de um triagem clínica, onde deve prestar informações sobre seu quadro de saúde, hábitos alimentares, histórico de doenças e uso de medicamentos.
A coleta em si dura cerca de 15 minutos. Entretanto, todo o procedimento leva, em média, cerca de 40 minutos, a depender do fluxo do dia na unidade de saúde.
Quem pode doar sangue
No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores, é necessário o consentimento dos responsáveis. Já entre os 60 e 69 anos, só consegue doar quem já tiver passado pelo procedimento antes dos 60.
Também é preciso pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas 12 horas antes da doação, não fumar nas duas horas anteriores e não estar em jejum. É imprescindível levar documento de identidade com foto.
A frequência máxima de doações por ano é de quatro vezes para o homem e três para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para o sexo masculino e de três meses para o feminino.
Fonte: saude.abril
Comments