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6 respostas sobre hiperidrose

O suor excessivo pode prejudicar a qualidade de vida. Entenda melhor as causas e como lidar com esse problema


Todo mundo sua, essa é uma reação saudável e natural, cuja função é refrescar o nosso corpo por meio de um processo chamado termorregulação. Funciona assim: diante da elevação da temperatura corporal (que pode ocorrer por vários motivos, como o calor do ambiente externo, a prática de atividades físicas, estresse ou fortes emoções, o consumo de alimentos quentes ou picantes, entre outros), nosso cérebro manda sinais para mais de 3 milhões de glândulas de suor, para que soltem um líquido incolor, o suor. E, à medida que ele evapora da pele, vai reduzindo e reequilibrando a temperatura do corpo.


Algumas pessoas, no entanto, sofrem com a transpiração excessiva, ou seja, com a produção de suor além do necessário para equilibrar a temperatura do corpo.


Mãos molhadas, costas pingando ou axilas encharcadas, quem sofre com a sudorese exagerada sabe o quão embaraçoso o problema pode ser.


Conhecido como hiperidrose, o problema afeta cerca de 3% da população e pode dificultar a realização de tarefas do dia a dia e causar constrangimentos. E, para lidar com isso, a melhor saída é estar bem informado. Por isso, respondemos aqui as perguntas mais comuns sobre o assunto.


1. O que é a hiperidrose?


É uma condição que provoca suor excessivo, mesmo quando a pessoa está em repouso. Isso acontece porque as glândulas sudoríparas da pessoa são hiperativas.


2. Quais as causas e os sintomas?


A hiperidrose pode decorrer de diferentes motivos, como fatores emocionais, hereditários ou doenças. Quem sofre com a hiperidrose enfrenta a produção excessiva de suor em diversas regiões do corpo. Algumas pessoas apresentam excesso de transpiração na palma das mãos, pés, axilas, rosto, sob os seios, no couro cabeludo ou em outras partes do corpo com muitas glândulas sudoríparas. Outras, no entanto, suam excessivamente por todo o corpo.


3. Quais os tipos e causas da hiperidrose?


– Primária: pode ter origem emocional e, nesse caso, os sintomas desaparecem durante o sono. O suor excessivo começa a aparecer na infância ou adolescência, geralmente nas mãos, pés, axilas, cabeça ou rosto. Normalmente, sua causa é genética, já que cerca de 30% a 50% dos pacientes que sofrem com a sudorese excessiva possuem um parente de primeiro grau, como pai ou mãe, com o mesmo problema. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), esse tipo de hiperidrose afeta de 2% a 3% da população, mas menos de 40% dos pacientes com essa condição consultam um médico.


– Secundária: é adquirida ao longo da vida em decorrência de outros fatores, como distúrbios hormonais, doenças neurológicas e efeitos colaterais de medicamentos. Ao contrário da primária, as pessoas com hiperidrose secundária suam em todas as áreas do corpo ou em regiões incomuns e podem transpirar excessivamente também durante o sono.


4. Quando é preciso buscar ajuda?


A transpiração extrema pode ser constrangedora e desconfortável, chegando a atrapalhar diversos aspectos da vida de uma pessoa, como a carreira, os relacionamentos, o bem-estar emocional e a autoestima. Quando o suor começa a prejudicar sua qualidade de vida, é hora de procurar o médico.


5. Acho que tenho hiperidrose. O que devo fazer?


O primeiro passo para um diagnóstico correto é passar por uma avaliação médica. É possível, ainda, realizar alguns exames, como o teste de amido-iodo, que ajuda a delimitar a área de hiperidrose. Com base nos resultados, o profissional poderá indicar o tratamento mais adequado.


6. Quais os tratamentos disponíveis?


A hiperidrose não é grave e geralmente pode ser resolvida com tratamentos tópicos ou procedimentos que variam de acordo com o tipo e o grau de sudorese da pessoa, devendo ser indicados por um médico:


– Antitranspirantes: ajudam a reduzir a produção de suor e odor corporal. Os sais de alumínio – ingredientes ativos dos desodorantes antitranspirantes – se dissolvem na superfície da pele formando uma película protetora em forma de gel. Essa camada permanece sobre a pele temporariamente e reduz a quantidade de suor liberada pelo corpo. Eles são uma das maneiras mais eficazes de controlar a transpiração excessiva.


– Medicamentos: há remédios de uso oral que ajudam a impedir a estimulação das glândulas sudoríparas. Mas são pouco receitados, pois apresentam efeitos colaterais, como diminuição da quantidade de lágrima, urina, saliva, entre outros.


– Toxina botulínica: aplicada por meio de injeções nas axilas, nas mãos ou nos pés para bloquear temporariamente a sudorese, diminui a ação do nervo que estimula a transpiração. Seu efeito começa aproximadamente 15 dias após a aplicação e a duração varia de oito a dez meses.


– Iontoforese: o tratamento, pouco usado hoje em dia, recorre à eletricidade para desativar temporariamente a glândula do suor, e é mais eficaz para a transpiração nas mãos e nos pés.


– Laser: a técnica usa a energia luminosa para reduzir o tamanho da glândula e, consequentemente, a sudorese.


– Simpatectomia: cirurgia realizada apenas em casos graves, que não respondem aos tratamentos clínicos. O procedimento corta ou pinça o nervo que transmite o estímulo à glândula sudorípara. Um dos efeitos colaterais do procedimento é a hiperidrose compensatória, que provoca mais suor em outras áreas do corpo.


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