Pesquisa indica que comer tarde, já perto do horário de dormir, altera o metabolismo e pode ser prejudicial à saúde
Quando o assunto é dieta, o horário da alimentação sempre gera dúvidas. Afinal, comer tarde afeta o emagrecimento? De acordo com um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, sim, o horário da refeição pode influenciar na dieta tanto quanto o que está sendo consumido.
A pesquisa reuniu 20 voluntários saudáveis que foram divididos em dois grupos: um grupo fazia o jantar de rotina, às 18h, enquanto o outro realizava o jantar tardio, às 22h. Todos tinham o mesmo período fixo de sono, das 23h às 7h.
Para compreender quais são os efeitos que o horário da refeição pode exercer no corpo, os pesquisadores verificavam a glicose plasmática noturna e na manhã seguinte. Além de observar os níveis de insulina, triglicerídeos, ácidos graxos livres (FFAs), cortisol, oxidação de ácidos graxos na dieta e polissonografia durante a noite.
Comer tarde: resultados do estudo
Aqueles que foram comer tarde, às 22h, apresentaram glicose mais alta, um atraso de pico de triglicerídeo, menor FFA e oxidação de ácidos graxos. Esses efeitos, caso ocorram de forma crônica, podem levar à obesidade segundo a pesquisa.
Além disso, apesar de não afetar as fases e ciclos do sono, comer tarde causou aumento no cortisol, cuja produção elevada pode levar a problemas como:
Hipertensão
Hiperglicemia
Obesidade
Pele frágil
Listras roxas no abdômen
Perda de massa muscular e fraqueza
Osteoporose
Períodos menstruais irregulares
Excesso de pelos (em mulheres)
Atraso no desenvolvimento e baixa estatura (em crianças).
Com base nos dados colhidos entre os grupos, o estudo concluiu que a ingestão de calorias no final do dia, próximo ao horário de dormir, tem associação à obesidade e à síndrome metabólica. Por isso, a recomendação é evitar comer tarde, priorizando refeições sempre nos mesmos horários, criando uma rotina alimentar saudável e regular.
Síndrome metabólica: o que é e quais são os sintomas
A síndrome metabólica é um conjunto de doenças - como obesidade e pressão alta - que, quando associadas, aumentam o risco de problemas cardiovasculares. A causa é a resistência à insulina, que acontece geralmente com o ganho de peso ou com diabetes tipo 2.
O ganho de peso nesse processo promove aumento da pressão arterial e alterações de triglicérides e colesterol. Os sintomas mais comuns são:
Problemas de colesterol (que aumentam o risco de infarto e derrame)
Hipertensão
Diabetes
Acantose nigricans, escurecimento da pele em regiões como cotovelos, axilas e pescoço
Acrocórdons, crescimento da pele do pescoço, levando ao aparecimento de lesões que lembram pequenas verrugas escurecidas.
Evitar comer tarde, adotar uma dieta saudável, rica em fibras, frutas, carnes magras e vegetais, e realizar atividades físicas regularmente é essencial para prevenção da síndrome.
Fonte: minha vida
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