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Inanição: o que é, sintomas e riscos


A ausência de uma rotina alimentar adequada pode causar consequências graves à saúde


O que é inanição


A inanição é definida como a completa falta de consumo alimentício, ocorrendo quando o indivíduo, voluntariamente ou não, para de se alimentar. Esse quadro é considerado grave, já que o organismo precisa buscar por maneiras de combater a fome e desnutrição causadas pela ausência de comida.


"O corpo tenta não ceder a este quadro de inanição desfazendo dos seus próprios tecidos, que serão a principal fonte de calorias para tentar manter todo o organismo funcionando. Este processo causa uma rápida perda de peso, incluindo perda de gordura corporal e massa muscular", conta a nutricionista Simone Silva.


Sintomas


Os sintomas iniciais de um quadro de inanição são, normalmente, geradas pela fome intensa sentida pelo indivíduo, incluindo:

  • Impulsividade

  • Irritabilidade

  • Apatia

  • Hiperatividade

  • Desidratação

Quando o período sem alimentação se estende, os impactos se tornam visíveis:

  • A massa muscular fica muito reduzida e os ossos ficam salientes

  • A região da barriga perde toda a gordura, tornando a cavidade funda

  • A pele fica seca, sem elasticidade, pálida e com aspecto envelhecido

  • Há queda de cabelo, pois os fios se tornam secos e quebradiços

Causas


Os motivos que levam alguém a parar de consumir alimentos podem ser extremamente variáveis. Em países que lidam com a extrema pobreza, por exemplo, milhares de pessoas possuem o quadro de inanição involuntariamente, já que podem passar dias sem acesso a comida.


Além disso, distúrbios alimentares, como a bulimia e anorexia nervosa, podem fazer com que a pessoa deixe de se alimentar com o objetivo de perder peso. Pacientes que enfrentam complicações de saúde que afetam o sistema digestivo também possuem o risco de inanição, como é o caso do câncer de intestino.


Tratamento


A retomada da alimentação deve ser realizada de forma lenta e gradual, pois alguns dos impactos causados pela inanição causam mudanças drásticas no corpo de quem sofre com essa condição. O intestino naturalmente começa a se atrofiar após um certo período de inatividade, fazendo com que o organismo possua dificuldade em se adaptar com a ingestão de comidas.


"Se o paciente não necessitar receber alimentação por sonda nasogástrica e apresentar capacidade de ingerir alimento pela boca, é aconselhável iniciar a alimentação com a ingestão de alimentos líquidos, como sopas, sucos e caldos", conta Simone Silva.


O volume dos alimentos deve ser distribuído em pequenas doses, e a textura deve ser dividida em três fases de readaptação: líquido, pastoso e, finalmente, sólido. A especialista explica que os tipos de alimentos devem ser alterados gradativamente de acordo com a aceitação do indivíduo.


"No período de tratamento contínuo da inanição, um paciente pode recuperar de 1,5 a 2,0 kg por semana, até atingir o peso saudável para sua idade e altura", explica.


Desnutrição e inanição


É importante diferenciar a desnutrição e a inanição. No primeiro caso, o organismo sofre com a baixa absorção de nutrientes, podendo ocorrer devido a uma dieta inadequada, como o consumo excessivo de industrializados e fast food, ou problemas de saúde, como intolerância alimentar e anorexia. Já em quadros de inanição, não há a ingestão de qualquer tipo de comida.


Riscos


A ausência de alimentação por um período de 4 a 7 semanas pode levar à morte. Quando o consumo de água também é restringido, os riscos se intensificam e se tornam mais graves. Além disso, a falta de nutrientes torna o organismo mais vulnerável a uma série de infecções e complicações, como a presença de fungos no esôfago, beribéri, pelagra e escorbuto.


Fonte: minha vida

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